Bola pesada
Futsal: Malgi vai a Uruguaiana em busca do título estadual
Equipe pelotense enfrenta a Celemaster, neste sábado, às 20h, pelo jogo decisivo do Campeonato Gaúcho
(Foto: Tiago Winter) - Malgi perdeu as últimas três finais para a rival
Por Fernando Rascado
O sábado será de decisão para o futsal feminino pelotense. A Malgi enfrenta a Celemaster, às 20h, no ginásio Schimitão, pelo jogo de volta da final do Campeonato Estadual, competição organizada pela Liga Gaúcha.
O duelo de ida terminou empatado em 2 a 2, no Sest/Senat, em Pelotas. O resultado deixou tudo em aberto para o confronto da volta. Quem vencer por qualquer placar fica com o título. Caso ocorra uma nova igualdade o embate será definido na prorrogação.
A Malgi precisará encerrar um incômodo tabu para levantar a taça, fora de casa. Esta é a quarta decisão entre o time pelotense e a Celemaster; em 2018, 2019 e 2021 o time de Uruguaiana ficou com o título. Em 2020 não teve Estadual em função da pandemia.
O técnico Maurício Giusti destaca que a diferença de investimento segue grande, mas acredita que diminuiu em função do trabalho realizado pela equipe nesta temporada.
Ambiente hostil
Para ficar com a taça, a Malgi precisa vencer a Celemaster, na casa da adversária. Além da dificuldade pelo nível da rival, Giusti alerta para os problemas comuns de jogar em Uruguaiana, fora da quadra, como ofensas e cuspe nas atletas, além de confusões.
“Desde sempre acontece isso lá, é cultural. A gente trabalha nos bastidores, mas é complicado, uma atleta nossa levou uma voadora de uma jogadora. Fizemos a denúncia e até agora estamos esperando a resposta do Tribunal de Justiça. São coisas que infelizmente acontecem. Neste ambiente do futsal de alto rendimento é muito ruim, pesado”, diz o técnico.
Maurício também alerta que, como sempre perderam nas outras decisões, nada de grave aconteceu após o jogo, mas caso conquistem o título neste sábado não sabe o que pode acontecer.
Ele diz tentar ao máximo evitar que as jogadoras sofram qualquer tipo de pressão vinda de fora. “A gente tenta blindar, não deixamos nada passar para elas. Elas já enfrentam tantas barreiras por jogarem futsal, as vezes até mesmo na família, que a gente tenta evitar esse tipo de carga, para que possam pensar só em jogar”. Giusti ressalta que a equipe conta com o serviço de uma psicóloga para auxiliar as atletas.
O lado mental foi outro tópico abordado pelo treinador, que considera o time muito forte nesta temporada, citando o fato de ter saído perdendo, em casa, na semifinal e na final. Segundo ele, em ambos os casos a equipe se manteve bem em quadra, conseguindo reagir.
Apoio da torcida
Apesar do ambiente hostil que a Malgi espera enfrentar, o time pelotense terá o apoio da torcida. Um ônibus com pais de alunos e familiares está indo para Uruguaiana, além de pelotenses moradores da região, que confirmaram presença na decisão.
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